A
ARTE DE GOVERNAR É DOM DE DEUS.
Então
disse Samuel a Saul: Enviou-me o SENHOR a ungir-te rei sobre o seu povo, sobre
Israel; ouve, pois, agora a voz das palavras do SENHOR. Assim diz o Senhor dos
Exércitos: Eu me recordei do que fez Amaleque a Israel; como se lhe opôs no
caminho, quando subia do Egito. (1 Samuel 15:1,2).
Deus
escolheu uma pessoa especial para ser Rei sobre o seu povo. Não era o que Deus
queria. O povo era quem queria de qualquer jeito, um Rei, e esse mesmo povo
pressionou a Samuel para que intercedesse junto ao Senhor.
Desejar
um Rei, escolher um Rei, receber um Rei ungido de Deus; isso é política. Alguns
questionamentos surgem no meio da Igreja quando o assunto é Política. Exemplos:
- O que você acha de conversar sobre política na Igreja?
- O que você pensa de política?
- A Igreja deve envolver-se em questões políticas?
- Deus gosta que seus filhos se envolvam em
política?
Quando
o assunto é esse, temos a sensação de que o assunto não presta e que política
na Igreja é algo abominável, e muitos chegam ao absurdo em dizer que política é
algo do diabo. Queridos, o senhor sobre todas as coisas é Deus; e a política em
si mesma não é coisa bom nem má, ela é um instrumento para alcançar alguns
fins, assim ela será boa ou má de acordo com as pessoas que nela estiverem.
Afinal. O que é política? política é a arte ou
ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação
desta arte aos negócios internos da nação (política interna) ou aos negócios
externos (política externa).
Deus
enviou Samuel para ungir um ser humano como Rei sobre Israel. Assim, Deus
interveio diretamente na Política, ainda assim, não foi uma eleição
democrática; foi uma designação divina. Deus escolheu, ou seja elegeu a Saul.
Dessa forma o único eleitor foi o próprio Deus. Observe que os efeitos dessa
eleição sobre a humanidade, passaram a depender da atuação daquele que Deus
elegeu, de sua fidelidade; de sua integridade diante de Deus. No início de seu
governo, Saul se comportou como o esperado, como um verdadeiro eleito de Deus,
mas depois de certo tempo, tornou-se má, desagradando o próprio Deus, e isso
ocorre hoje até nas Igrejas, quando Deus coloca (elege) um de seus escolhidos para
direção e Ele no início faz tudo de acordo com a vontade de Deus, mas depois
começa a seguir seus próprios caminhos e fazendo aquilo que bem quer e entende
com a casa de Deus.
Hoje
temos eleições democráticas, onde tanto o povo de Deus quanto os ímpios votam
para eleger seus executivos e legisladores. Assim, na qualidade de Cristãos,
temos TRÊS obrigações:
**Primeiro,
ORAR, para que Deus olhe pelo povo e levante pessoas de bem para governar,
sabendo que mesmo no meio dos ímpios existem pessoas de bem que se preocupam
realmente com o povo.
**Segundo:
ESCOLHER. Buscar conhecer os candidatos;
**Terceiro:
VOTAR BEM. Depois de conhecer os candidatos, observando seus conhecimentos para
o cargo a ser votado, bem como se há neles um fator muito relevante TEMOR A
DEUS. Segundo a palavra de Deus, em primeiro lugar, “escolher um entre seus irmãos”,
veja: (Êx. 18:13-26 ACF) “... E tu dentre
todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que
odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem,
maiorais de cinquenta, e maiorais de dez; 22 Para que julguem este povo em todo
o tempo; e seja que todo o negócio grave tragam a ti, mas todo o negócio
pequeno eles o julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a
levarão contigo. ....” (Deut.1:9-18 ACF)“... 13 Tomai-vos homens sábios e
entendidos, experimentados entre as vossas tribos, para que os ponha por chefes
sobre vós... 16 E no mesmo tempo mandei a vossos juízes, dizendo: Ouvi a causa
entre vossos irmãos, e julgai justamente entre o homem e seu irmão, e entre o
estrangeiro que está com ele... 17 Não discriminareis as pessoas em juízo;
ouvireis assim o pequeno como o grande; não temereis a face de ninguém, porque
o juízo é de Deus; porém a causa que vos for difícil fareis vir a mim, e eu a
ouvirei. ...”
Observar
Qualidades importantes nos governantes: Temor a Deus. Moisés exigia as
seguintes qualificações num governante civil: capacidade, integridade,
fidelidade e piedade. Está escrito: Será também que, quando se assentar sobre o
trono do seu reino, então escreverá para si num livro, um traslado desta lei,
do original que está diante dos sacerdotes levitas. E o terá consigo, e nele
lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao SENHOR seu Deus,
para guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, para cumpri-los;
para que o seu coração não se levante sobre os seus irmãos, e não se aparte do
mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; para que prolongue os seus
dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel”.
Pela
declaração divina “porás certamente sobre ti como rei”, ficamos sabendo que era
o povo quem escolhia o seu rei. Deus proibiu que Israel elegesse um rei que não
fosse um irmão; que se tornasse uma arma contra ele mesmo; e desejasse amealhar
fortuna. Deus queria também um rei que cumprisse o dever de escrever uma cópia
da Lei Mosaica dos Reis Governando (?); que lesse a mesma e aprendesse a temer
a Deus; que fizesse justiça e continuasse humilde diante do povo do qual
descendia e sobre o qual tinha agora a magistratura - o povo de Deus, a quem o
rei era obrigado a dar proteção.
Lembra-se
da Parábola de Jotão, onde quatro (Juízes 9.8-15)... A parábola de Jotão onde quatro
árvores que foram convidadas para reinar sobe a floresta. É você quem escolhe
entre Oliveira, Figueira, Videira, e Espinheiro. Essa parábola nos Ensina sobre
as escolhas que fazemos e oportunidades que perdemos. Às vezes deixamos de
‘reinar’ para viver para nós mesmos conformando com o pouco que temos. Jesus
ensinou que “pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7.16-20) para mostrar a
importância de frutificar em nossas vidas. O ensino de Jesus também serve para
alertar que podemos discernir o que não é bom de acordo com os frutos. Os
frutos das quatro árvores citadas na parábola exemplificam tipos de
comportamentos e seus resultados.
Talvez
você que está lendo esse assunto, diga: Hoje somos livres em Cristo. Verdade;
porém, somos livres para obedecer aos Seus mandamentos, através do poder do
Espírito Santo, combatendo a nossa natureza carnal, morrendo para nós mesmos,
diariamente. Somos livres, também, da dor e da penalidade do nosso pecado,
porque o preço já foi pago por Cristo na cruz. Contudo, não somos livres para
pecar, a fim de que a Sua graça abunde sobre nós. Não somos livres para cometer
o pecado da presunção, abusando de Sua graça, esperando que a reparação feita
por Cristo nos cubra os pecados. “Porque, se pecarmos voluntariamente, depois
de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício
pelos pecados” (Hebreus 10:26 - 39).
Após
a Eleição, agora devemos vigiar a atuação dos eleitos para que saibamos se ele
está representando adequadamente o povo de Deus, e assim possamos decidir numa
próxima eleição se o mesmo é digno e merecedor do nosso voto, não se vendendo
por um par de sapatos, uma feira ou um cargo na administração. Cuidado. É muito
fácil chamar o político de corrupto. No entanto saiba que a corrupção é uma
moeda de duas faces: o corruptor e o corrupto.
Corruptor...o que compra seu voto por cargos no governo,
posições e outras coisas mais.
Corrupto... VOCÊ que troca seu voto por benefícios.
Lamentavelmente, o que mais encontramos hoje é Igrejas de grandes pastores,
tendo irmãos, filhos, noras e outros parentes ocupando cargos públicos sem
concurso.
Lembre-se
que Deus condena a CORRUPÇÃO. "Até a
Bíblia condena a corrupção..." Começando
pelo velho testamento, no livro de Esdras (Esd. 9-11) a corrupção já era
condenada nos seguintes termos: “Os quais ordenaste por intermédio de teus
servos, os profetas, dizendo: A terra em que estais entrando para possuí-la, é
uma terra imunda pelas imundícies dos povos das terras, pelas abominações com
que, na sua corrupção, a encheram duma extremidade à outra”. Águas Lindas também está mergulhada na
corrupção eleitoral e se você for um desses eleitores corruptos, preste
atenção, pense, medite e faça orações ou rezas para que o verdadeiro Deus te
oriente na hora do voto. Oseias (Ose. 5-2)... “Os revoltosos se aprofundaram na
corrupção; mas eu os castigarei a todos eles”.
Este versículo está dizendo que Deus não perdoa a corrupção também nos
opositores, que denunciam os erros dos outros, mas só porque gostariam de estar
no lugar deles fazendo igual ou pior. No nosso meio, na oposição, também
existem políticos corruptos. O eleitor precisa ter discernimento para separar o
joio do trigo. Está escrito em (Atos 2-31)... “Prevendo isto, Davi falou da
ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no hades, nem a sua
carne viu a corrupção.” No mesmo livro, (Atos 13:35 e 37) está escrito... “Pelo
que ainda em outro salmo diz: Não permitirás que o teu Santo veja a corrupção”...
“Mas aquele a quem Deus ressuscitou nenhuma corrupção experimentou.” Mas será
que só Jesus Cristo tem capacidade moral e espiritual de ser incorruptível? Nós
temos que seguir o exemplo!
Na
carta aos Coríntios (I Cor. 5-8) o Apóstolo Paulo faz a seguinte comparação:
“Pelo que celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da
malícia e da corrupção, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade.” Veja o
que Paulo diz ainda: (I Cor. 15:50): “Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue
não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção.” Paulo
continua condenando a corrupção na epístola aos Gálatas 6-8: “Porque quem
semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no Espírito,
do Espírito ceifará a vida eterna”. Tiago adverte: (Tia. 1:27)... “A religião
pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: "Visitar os órfãos e
as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo”. O Apóstolo
Pedro, também adverte: (II Pedro 1:4)... “pelas quais ele nos tem dado as suas
preciosas e grandíssimas promessas, para que por elas vos torneis participantes
da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há
no mundo.” E acrescenta (II Ped. 2:12,13,19)... Mas estes, como animais
irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos,
blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção, Recebendo o
galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites
quotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando
se banqueteiam convosco; (II Pedro 2:19 a 22: “...Prometendo-lhes liberdade,
sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal
faz-se também servo. Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do
mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez
envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o
primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que,
conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; Deste modo
sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu
próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.
Cuidado
amados; “nunca se deixe ser subornado por qualquer que seja, nem por seu
Pastor”. Desde o princípio que as escrituras nos chama a atenção: (Deut. 16:19,20)...
Não perverterás o direito, não farás acepção de pessoas nem aceitarás suborno,
pois a corrupção cega até os olhos dos sábios juízes, e prejudica a causa dos
justos. Busca única e exclusivamente o justo direito, a fim de que vivas e
herdes plenamente a terra que o SENHOR, o teu Deus, te concede!
JOÃO MARCOS. 17-08-15.
Nenhum comentário:
Postar um comentário