quarta-feira, 19 de agosto de 2015

GOVERNAR É UMA ARTE

A ARTE DE GOVERNAR É DOM DE DEUS.

Então disse Samuel a Saul: Enviou-me o SENHOR a ungir-te rei sobre o seu povo, sobre Israel; ouve, pois, agora a voz das palavras do SENHOR. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eu me recordei do que fez Amaleque a Israel; como se lhe opôs no caminho, quando subia do Egito. (1 Samuel 15:1,2).

Deus escolheu uma pessoa especial para ser Rei sobre o seu povo. Não era o que Deus queria. O povo era quem queria de qualquer jeito, um Rei, e esse mesmo povo pressionou a Samuel para que intercedesse junto ao Senhor.

Desejar um Rei, escolher um Rei, receber um Rei ungido de Deus; isso é política. Alguns questionamentos surgem no meio da Igreja quando o assunto é Política. Exemplos:
  • O que você acha de conversar sobre política na Igreja?
  • O que você pensa de política?
  • A Igreja deve envolver-se em questões políticas?
  • Deus gosta que seus filhos se envolvam em política?

Quando o assunto é esse, temos a sensação de que o assunto não presta e que política na Igreja é algo abominável, e muitos chegam ao absurdo em dizer que política é algo do diabo. Queridos, o senhor sobre todas as coisas é Deus; e a política em si mesma não é coisa bom nem má, ela é um instrumento para alcançar alguns fins, assim ela será boa ou má de acordo com as pessoas que nela estiverem. Afinal. O que é política? política é a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta arte aos negócios internos da nação (política interna) ou aos negócios externos (política externa).

Deus enviou Samuel para ungir um ser humano como Rei sobre Israel. Assim, Deus interveio diretamente na Política, ainda assim, não foi uma eleição democrática; foi uma designação divina. Deus escolheu, ou seja elegeu a Saul. Dessa forma o único eleitor foi o próprio Deus. Observe que os efeitos dessa eleição sobre a humanidade, passaram a depender da atuação daquele que Deus elegeu, de sua fidelidade; de sua integridade diante de Deus. No início de seu governo, Saul se comportou como o esperado, como um verdadeiro eleito de Deus, mas depois de certo tempo, tornou-se má, desagradando o próprio Deus, e isso ocorre hoje até nas Igrejas, quando Deus coloca (elege) um de seus escolhidos para direção e Ele no início faz tudo de acordo com a vontade de Deus, mas depois começa a seguir seus próprios caminhos e fazendo aquilo que bem quer e entende com a casa de Deus.

Hoje temos eleições democráticas, onde tanto o povo de Deus quanto os ímpios votam para eleger seus executivos e legisladores. Assim, na qualidade de Cristãos, temos TRÊS obrigações:
**Primeiro, ORAR, para que Deus olhe pelo povo e levante pessoas de bem para governar, sabendo que mesmo no meio dos ímpios existem pessoas de bem que se preocupam realmente com o povo.
**Segundo: ESCOLHER. Buscar conhecer os candidatos;
**Terceiro: VOTAR BEM. Depois de conhecer os candidatos, observando seus conhecimentos para o cargo a ser votado, bem como se há neles um fator muito relevante TEMOR A DEUS. Segundo a palavra de Deus, em primeiro lugar, “escolher um entre seus irmãos”, veja: (Êx. 18:13-26 ACF) “... E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta, e maiorais de dez; 22 Para que julguem este povo em todo o tempo; e seja que todo o negócio grave tragam a ti, mas todo o negócio pequeno eles o julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo. ....” (Deut.1:9-18 ACF)“... 13 Tomai-vos homens sábios e entendidos, experimentados entre as vossas tribos, para que os ponha por chefes sobre vós... 16 E no mesmo tempo mandei a vossos juízes, dizendo: Ouvi a causa entre vossos irmãos, e julgai justamente entre o homem e seu irmão, e entre o estrangeiro que está com ele... 17 Não discriminareis as pessoas em juízo; ouvireis assim o pequeno como o grande; não temereis a face de ninguém, porque o juízo é de Deus; porém a causa que vos for difícil fareis vir a mim, e eu a ouvirei. ...”
Observar Qualidades importantes nos governantes: Temor a Deus. Moisés exigia as seguintes qualificações num governante civil: capacidade, integridade, fidelidade e piedade. Está escrito: Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, então escreverá para si num livro, um traslado desta lei, do original que está diante dos sacerdotes levitas. E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao SENHOR seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, para cumpri-los; para que o seu coração não se levante sobre os seus irmãos, e não se aparte do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; para que prolongue os seus dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel”.

Pela declaração divina “porás certamente sobre ti como rei”, ficamos sabendo que era o povo quem escolhia o seu rei. Deus proibiu que Israel elegesse um rei que não fosse um irmão; que se tornasse uma arma contra ele mesmo; e desejasse amealhar fortuna. Deus queria também um rei que cumprisse o dever de escrever uma cópia da Lei Mosaica dos Reis Governando (?); que lesse a mesma e aprendesse a temer a Deus; que fizesse justiça e continuasse humilde diante do povo do qual descendia e sobre o qual tinha agora a magistratura - o povo de Deus, a quem o rei era obrigado a dar proteção.
Lembra-se da Parábola de Jotão, onde quatro (Juízes 9.8-15)... A parábola de Jotão onde quatro árvores que foram convidadas para reinar sobe a floresta. É você quem escolhe entre Oliveira, Figueira, Videira, e Espinheiro. Essa parábola nos Ensina sobre as escolhas que fazemos e oportunidades que perdemos. Às vezes deixamos de ‘reinar’ para viver para nós mesmos conformando com o pouco que temos. Jesus ensinou que “pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7.16-20) para mostrar a importância de frutificar em nossas vidas. O ensino de Jesus também serve para alertar que podemos discernir o que não é bom de acordo com os frutos. Os frutos das quatro árvores citadas na parábola exemplificam tipos de comportamentos e seus resultados.

Talvez você que está lendo esse assunto, diga: Hoje somos livres em Cristo. Verdade; porém, somos livres para obedecer aos Seus mandamentos, através do poder do Espírito Santo, combatendo a nossa natureza carnal, morrendo para nós mesmos, diariamente. Somos livres, também, da dor e da penalidade do nosso pecado, porque o preço já foi pago por Cristo na cruz. Contudo, não somos livres para pecar, a fim de que a Sua graça abunde sobre nós. Não somos livres para cometer o pecado da presunção, abusando de Sua graça, esperando que a reparação feita por Cristo nos cubra os pecados. “Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados” (Hebreus 10:26 - 39).

Após a Eleição, agora devemos vigiar a atuação dos eleitos para que saibamos se ele está representando adequadamente o povo de Deus, e assim possamos decidir numa próxima eleição se o mesmo é digno e merecedor do nosso voto, não se vendendo por um par de sapatos, uma feira ou um cargo na administração. Cuidado. É muito fácil chamar o político de corrupto. No entanto saiba que a corrupção é uma moeda de duas faces: o corruptor e o corrupto.
Corruptor...o que compra seu voto por cargos no governo, posições e outras coisas mais.
Corrupto... VOCÊ que troca seu voto por benefícios. Lamentavelmente, o que mais encontramos hoje é Igrejas de grandes pastores, tendo irmãos, filhos, noras e outros parentes ocupando cargos públicos sem concurso.

Lembre-se que Deus condena a CORRUPÇÃO. "Até a Bíblia condena a corrupção..."                                          Começando pelo velho testamento, no livro de Esdras (Esd. 9-11) a corrupção já era condenada nos seguintes termos: “Os quais ordenaste por intermédio de teus servos, os profetas, dizendo: A terra em que estais entrando para possuí-la, é uma terra imunda pelas imundícies dos povos das terras, pelas abominações com que, na sua corrupção, a encheram duma extremidade à outra”.  Águas Lindas também está mergulhada na corrupção eleitoral e se você for um desses eleitores corruptos, preste atenção, pense, medite e faça orações ou rezas para que o verdadeiro Deus te oriente na hora do voto. Oseias (Ose. 5-2)... “Os revoltosos se aprofundaram na corrupção; mas eu os castigarei a todos eles”.  Este versículo está dizendo que Deus não perdoa a corrupção também nos opositores, que denunciam os erros dos outros, mas só porque gostariam de estar no lugar deles fazendo igual ou pior. No nosso meio, na oposição, também existem políticos corruptos. O eleitor precisa ter discernimento para separar o joio do trigo. Está escrito em (Atos 2-31)... “Prevendo isto, Davi falou da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no hades, nem a sua carne viu a corrupção.” No mesmo livro, (Atos 13:35 e 37) está escrito... “Pelo que ainda em outro salmo diz: Não permitirás que o teu Santo veja a corrupção”... “Mas aquele a quem Deus ressuscitou nenhuma corrupção experimentou.” Mas será que só Jesus Cristo tem capacidade moral e espiritual de ser incorruptível? Nós temos que seguir o exemplo!

Na carta aos Coríntios (I Cor. 5-8) o Apóstolo Paulo faz a seguinte comparação: “Pelo que celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade.” Veja o que Paulo diz ainda: (I Cor. 15:50): “Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção.” Paulo continua condenando a corrupção na epístola aos Gálatas 6-8: “Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna”. Tiago adverte: (Tia. 1:27)... “A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: "Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo”. O Apóstolo Pedro, também adverte: (II Pedro 1:4)... “pelas quais ele nos tem dado as suas preciosas e grandíssimas promessas, para que por elas vos torneis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.” E acrescenta (II Ped. 2:12,13,19)... Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção, Recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites quotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco; (II Pedro 2:19 a 22: “...Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo. Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.

Cuidado amados; “nunca se deixe ser subornado por qualquer que seja, nem por seu Pastor”. Desde o princípio que as escrituras nos chama a atenção: (Deut. 16:19,20)... Não perverterás o direito, não farás acepção de pessoas nem aceitarás suborno, pois a corrupção cega até os olhos dos sábios juízes, e prejudica a causa dos justos. Busca única e exclusivamente o justo direito, a fim de que vivas e herdes plenamente a terra que o SENHOR, o teu Deus, te concede!


JOÃO MARCOS.  17-08-15.

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